Sexta-feira, 07 de novembro de 2025

A defesa do serviço público e a rejeição à Reforma Administrativa estiveram no centro da reunião realizada nesta quinta-feira (6), que reuniu diversas entidades representativas do funcionalismo. O encontro foi conduzido pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, e contou com a presença da Fenajufe, representada pelo coordenador Fábio Sabóia.

Durante a reunião, Boulos apresentou a posição do governo federal sobre a proposta de reforma, destacando que a pauta não tem apoio do Executivo. Segundo o ministro, trata-se de uma iniciativa que se origina no Congresso Nacional, enquanto o governo concentra esforços em políticas voltadas à justiça social e fiscal, como a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores de baixa renda, a taxação dos super-ricos e o fim da jornada 6×1.

Boulos foi categórico ao afirmar que a estabilidade dos servidores públicos é um pilar essencial do Estado Democrático e que qualquer medida que atente contra esse princípio não contará com o apoio do governo. Ele também criticou a lógica privatista e as formas indiretas de contratação, defendendo o fortalecimento das carreiras públicas, a realização de concursos e a qualificação do funcionalismo.

Quanto à valorização dos servidores, o ministro reafirmou o compromisso do governo com a recomposição salarial e disse ser contrário a qualquer proposta que resulte em achatamento dos vencimentos. Reconheceu, contudo, as limitações políticas e institucionais enfrentadas no Congresso, mas assegurou que a posição do Executivo permanece firme em defesa do serviço público e dos direitos dos servidores.

Em sua manifestação, a Fenajufe alertou para os riscos que a PEC 38/2025 representa, como a fragilização das garantias dos servidores, a precarização das carreiras e os impactos negativos na prestação de serviços à população. A entidade reforçou a necessidade de manter a mobilização e o diálogo com o Executivo e o Parlamento.

A Federação, assim como o SINJUSPAR, seguem atuando com seriedade institucional e firmeza para impedir retrocessos no serviço público. Defender a estabilidade, a valorização salarial e as carreiras no PJU é uma das prioridades das entidades representativas, que mantêm permanente articulação legislativa e diálogo direto com a base.

Do SINJUSPAR, Caroline P. Colombo com a Fenajufe